Este é o tema do meu mestrado, que entrego na próxima semana!
Vou falar sobre a riqueza cultural da Síria, enfocando suas músicas e suas danças. Pretendo fazer a defesa no início de dezembro, se tudo der certo. Torçam por mim!
Decidi abordar este assunto porque o Oriente Médio em geral é visto como um bloco homogêneo, sobre o qual é comum falar uma série de inverdades.
Através do estudo das características espaciais, musicais e das danças, procurei mostrar a riqueza deste lugar chamado Síria.
Tive que me dedicar quase que exclusivamente à esta pesquisa, que tem sido maravilhosa! Mas o blog ficou um pouco sozinho... Pretendo recomeçar a escrever em breve!
Obrigada pela companhia !
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Show do Mabruk!

Mabruk!
Companhia de danças folclóricas árabes
Neste espetáculo, o grupo apresentará danças femininas de diversos lugares do que conhecemos por Síria e Líbano. Uma pequena mostra da grande diversidade e riqueza da região.
As fronteiras da arte são diferentes das fronteiras políticas. A expressão artística é muito mais influenciada pelo modo de vida e pelo ambiente; e a cada mudança destes elementos encontramos sons, gestos e danças diferentes.
Sábado, Dia 24/10, as 21h
Entrada R$15,00
Av. Miruna, 396 Moema
Reservas: 5041-9428/ 7274-9040
Produção e Realização – Cristina Antoniadis
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sábado, 3 de outubro de 2009
O ritual do café para os beduínos

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É a primeira coisa a ser servida quando alguém chega, não importa se é um vizinho do mesmo acampamento ou um estranho. A preparação e oferenda do café são fundamentais para a hospitalidade beduína.
É a primeira coisa a ser servida quando alguém chega, não importa se é um vizinho do mesmo acampamento ou um estranho. A preparação e oferenda do café são fundamentais para a hospitalidade beduína.
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Quando o café será oferecido, forma-se um círculo de pessoas, e nele vários assuntos são discutidos, seja com membros da tribo ou com pessoas vindas de fora. É neste local também que os estrangeiros, homens ou mulheres, são recebidos.
.Quando o café será oferecido, forma-se um círculo de pessoas, e nele vários assuntos são discutidos, seja com membros da tribo ou com pessoas vindas de fora. É neste local também que os estrangeiros, homens ou mulheres, são recebidos.
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Esta é a parte masculina da tenda, que funciona como sala de recepção, onde os convidados são recebidos em tapetes e almofadas. Os selins dos camelos são colocados no chão e usados para o apoio dos braços. A quantidade e a qualidade do artesanato dos utensílios usados mostram a prosperidade do dono.














No centro dela fica um braseiro portátil e um jogo de café. No teto, também no centro, fica pendurada uma sacola de couro, geralmente enfeitada com vidrilhos ou conchas, guardando os grãos crus do café; e uma sacola menor, com os grãos de cardamomo, usados para temperar o café.
Na frente do lugar onde apenas o chefe da casa pode sentar, há um pesado pilão de madeira entalhada, onde colheres para pegar o pó de café são presas por correntes. Elas são feitas em metal com decoração em relevo ou gravação.
Na frente do lugar onde apenas o chefe da casa pode sentar, há um pesado pilão de madeira entalhada, onde colheres para pegar o pó de café são presas por correntes. Elas são feitas em metal com decoração em relevo ou gravação.
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Próxima ao braseiro há uma panela de ferro fundido para torrar o café. O equipamento para o preparo do café tem ainda potes de madeira para se colocar o café torrado e deixar esfriar, e para o café moído tirado do pilão que é transferido para o pote de café.
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Como regra o café é preparado pelo próprio chefe da tenda. A batida rítmica do pilão de café - similar às batidas solo de uma bateria - podem ser ouvidas por todo acampamento. Também serve como um convite para vir e tomar um café. Vários ritmos das músicas beduínas são baseados neste movimento do cotidiano.
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A água é colocada para ferver em uma grande panela. Algumas colheres de pó de café são adicionadas à água fervente. Então o café é fervido várias vezes.
Num segundo recipiente é colocado o cardamomo. Quando o pó de café assentou, o café pronto é colocado no segundo recipiente com o carda momo, fervido novamente e colocado finalmente em um terceiro jarro.
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Por ter sido fervido várias vezes, o café fica forte e amargo. Sua aparência é meio marrom esverdeado e transparente. Uma pequena quantidade do café é colocada em pequenas xícaras, importadas da China. Normalmente o café é servido três vezes seguidas. Se alguém não quer mais café, ele devolve a xícara, fazendo um pequeno movimento com o punho
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tenda beduína
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Cinema árabe no Clube Sírio 2

Beirute Ocidental
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.No último dia da 4a. Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2009, o filme Beirute Ocidental será exibido gratuitamente no Esporte Clube Sírio neste domingo, às 15h.
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Sinopse:
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Os meninos Tárek e Omar cresciam com esperança na relativamente tranquila Beirute dos anos 70. Numa fase de descoberta, são surpreendidos pela eclosão da guerra civil libanesa, no dia 13 de abril de 1975.
"Nesse filme, Ziad Doueiri aponta elementos da realidade que parecem ter ajudado a expandir o caos e a trágica divisão que tomaram conta do país naquele período, utilizando o ponto de vista dos dois garotos. Tem sequências que mostram em detalhes a linguagem, a ligação com as raízes e o temperamento alegre do povo libanês, e também as peripécias, sonhos e descobertas vividos pelos meninos.
Doueiri vai construindo uma abordagem rica em lirismo e humanidade e nos insere no drama vivido por todos aqueles que resistiram e se recusaram a deixar o país durante esse terrível conflito, que destruiu cerca de 100 mil vidas. O filme mostra como a cidade é dividida por uma fronteira armada entre Beirute Leste e Ocidental, revelando fraturas sociais que anteriormente talvez estivessem reprimidas, pois o Líbano era até então considerado um lugar agradável para se viver. A guerra civil, como fica evidente nessa preciosa criação, é uma ferida que demora muito a cicatrizar, por ser um doloroso conflito entre irmãos." (Gabriel Bonduki)
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Gênero: FicçãoPaís: Líbano/França/Bélgica/Noruega
Ano: 1998
Título original: Beirut al'Gharbieh
Direção: Ziad Doueiri
Elenco: Rami Doueiri e Naaman Salhi
Música: Stewart Copeland
Duração: 105 minFormato: DVD
Idioma: ÁrabeLegenda: Português
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 13 às 15h
Às 17h o filme O colar perdido da pomba (ver postagem anterior)
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
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.No último dia da 4a. Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2009, o filme Beirute Ocidental será exibido gratuitamente no Esporte Clube Sírio neste domingo, às 15h.
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Sinopse:
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Os meninos Tárek e Omar cresciam com esperança na relativamente tranquila Beirute dos anos 70. Numa fase de descoberta, são surpreendidos pela eclosão da guerra civil libanesa, no dia 13 de abril de 1975.
"Nesse filme, Ziad Doueiri aponta elementos da realidade que parecem ter ajudado a expandir o caos e a trágica divisão que tomaram conta do país naquele período, utilizando o ponto de vista dos dois garotos. Tem sequências que mostram em detalhes a linguagem, a ligação com as raízes e o temperamento alegre do povo libanês, e também as peripécias, sonhos e descobertas vividos pelos meninos.
Doueiri vai construindo uma abordagem rica em lirismo e humanidade e nos insere no drama vivido por todos aqueles que resistiram e se recusaram a deixar o país durante esse terrível conflito, que destruiu cerca de 100 mil vidas. O filme mostra como a cidade é dividida por uma fronteira armada entre Beirute Leste e Ocidental, revelando fraturas sociais que anteriormente talvez estivessem reprimidas, pois o Líbano era até então considerado um lugar agradável para se viver. A guerra civil, como fica evidente nessa preciosa criação, é uma ferida que demora muito a cicatrizar, por ser um doloroso conflito entre irmãos." (Gabriel Bonduki)
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Gênero: FicçãoPaís: Líbano/França/Bélgica/Noruega
Ano: 1998
Título original: Beirut al'Gharbieh
Direção: Ziad Doueiri
Elenco: Rami Doueiri e Naaman Salhi
Música: Stewart Copeland
Duração: 105 minFormato: DVD
Idioma: ÁrabeLegenda: Português
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 13 às 15h
Às 17h o filme O colar perdido da pomba (ver postagem anterior)
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Cinema árabe no Clube Sírio
Dentro da programação da 4a. Mostra Mundo Árabe de Cinema, o Esporte Clube Sírio apresenta:
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A trilogia do deserto
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O tunisiano Nacer Khemir é reconhecido escritor, poeta e grande contador de estórias. A maior habilidade desse premiado e experiente diretor de cinema está em retratar de maneira primorosa a beleza e a profundidade do deserto. Entre seus mais importantes filmes estão os três longas-metragens de ficção que formam a trilogia do deserto, termo recentemente adotado pela crítica contemporânea de cinema.
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ANDARILHOS DO DESERTO
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Esse filme teve a colaboração da aclamada diretora tunisiana Moufida Tlatli (Silêncios do palácio e Tempo de espera). Seguindo a boa tradição árabe de contar estórias e sua enorme experiência como escritor, aqui o diretor inicia a trilogia do deserto.
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Khemir cria um cenário especial no qual um jovem professor chega e assume a escola de um pequeno vilarejo no meio do deserto. Fortemente influenciado pelas estórias das Mil e uma noites, o filme mostra figuras lendárias que se materializam, crianças que correm por labirintos e o misterioso desaparecimento do professor.
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Na obra, é possível verificar como a lenda, a tradição e o destino estão fortemente ligados àquela comunidade. O cenário é primoroso e tem momentos de beleza inédita.
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Gênero: Ficção
País: França/Austrália Ano: 1984
Título original: Wanderers of the Desert
Direção: Nacer Khemir
Elenco: Soufiane Makni, Nacer Khemir, Noureddine Kasbaoui, Sonia Ichti
Duração: 95 minFormato: DVD
Idioma: ÁrabeLegenda: Português
Festivais:Prêmio do Júri do Festival de Locarno
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 6 às 15h
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
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O COLAR PERDIDO DA POMBA
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Segundo filme da trilogia do deserto, apresenta enorme influência das Mil e uma noites. O título se assemelha ao de um manuscrito árabe do século XX. O filme mostra a estória de Hassan, que estuda a arte da caligrafia árabe com um grande mestre. Depois de achar um fragmento de um manuscrito, Hassan sai em busca das peças faltantes, acreditando que, ao encontrá-las, terá revelados os segredos do amor. Com a ajuda de Zin, ele encontra Linda Azizi, princesa de Samarkanda.
Ao se deparar com várias dificuldades, inclusive com a guerra, em seu caminho, ele se dá conta de que mesmo uma vida inteira não será suficiente para desvendar as dimensões reais do amor.
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O filme tem como cenário uma mesquita de Alandalus do século XI, que tem o especial significado de ter acolhido diferentes culturas.
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Gênero: Ficção
País: Tunísia/França Ano: 1991
Título original: Dove's Lost Necklace
Direção: Nacer Khemir
Elenco: Nacer Khemir, Soufiani Makni
Duração: 90 min
Formato: DVDIdioma: ÁrabeLegenda: Português
Festivais:Prêmio do Júri do Festival de Locarno
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 13 às 17h
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
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BABA AZIZ
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Um poema visual de enorme beleza, uma obra de arte de Nacer Khemir, Baba Aziz encerra a trilogia do deserto. O filme inicia-se com a estória de um dervixe chamado Baba Aziz e sua neta espiritual, Ishtar. Juntos, percorrem o deserto atrás de uma grande reunião de dervixes que ocorre uma vez a cada 30 anos. Tendo a fé como único guia, os dois viajam por vários dias pela imensidão. Para ajudar a suportar a viagem, Baba Aziz passa a contar estórias do príncipe do deserto que contemplava sua alma ao lado de uma pequena piscina. No decorrer da narrativa, os viajantes encontram outros que também contam suas estórias.
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Repleto de imagens maravilhosas e belíssima música, Nacer Khemir criou uma fábula inédita e encantadora filmada nas areias da Tunísia e do Irã. O roteiro desse filme foi escrito pelo próprio Khemir, em parceria com Tonino Guerra, autor de diversos roteiros de grande sucesso (Amarcord, Night of the Shooting Stars, Blowup, entre outros).
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Gênero: Ficção
País: França/Alemanha/Irã/Tunísia/Reino Unido Ano: 2006
Título original: Baba Aziz, the Prince who Contemplated his Soul
Direção: Nacer Khemir
Elenco: Parviz Shahinkhou, Maryam Hamid, Hossein Panahi, Nessim Khaloul, Mohamed Graïaa
Duração: 96 min
Formato: DVD
Idioma: ÁrabeLegenda: Português
Festivais:Festival de Fajr (2005), Festival de Muscat (2006) e Kazan Golden Minbar (2007).
Seleção Oficial dos festivais de Locarno e Vancouver.
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 6 às 18h30
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
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A trilogia do deserto
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O tunisiano Nacer Khemir é reconhecido escritor, poeta e grande contador de estórias. A maior habilidade desse premiado e experiente diretor de cinema está em retratar de maneira primorosa a beleza e a profundidade do deserto. Entre seus mais importantes filmes estão os três longas-metragens de ficção que formam a trilogia do deserto, termo recentemente adotado pela crítica contemporânea de cinema.
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ANDARILHOS DO DESERTO

Esse filme teve a colaboração da aclamada diretora tunisiana Moufida Tlatli (Silêncios do palácio e Tempo de espera). Seguindo a boa tradição árabe de contar estórias e sua enorme experiência como escritor, aqui o diretor inicia a trilogia do deserto.
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Khemir cria um cenário especial no qual um jovem professor chega e assume a escola de um pequeno vilarejo no meio do deserto. Fortemente influenciado pelas estórias das Mil e uma noites, o filme mostra figuras lendárias que se materializam, crianças que correm por labirintos e o misterioso desaparecimento do professor.
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Na obra, é possível verificar como a lenda, a tradição e o destino estão fortemente ligados àquela comunidade. O cenário é primoroso e tem momentos de beleza inédita.
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Gênero: Ficção
País: França/Austrália Ano: 1984
Título original: Wanderers of the Desert
Direção: Nacer Khemir
Elenco: Soufiane Makni, Nacer Khemir, Noureddine Kasbaoui, Sonia Ichti
Duração: 95 minFormato: DVD
Idioma: ÁrabeLegenda: Português
Festivais:Prêmio do Júri do Festival de Locarno
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 6 às 15h
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
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O COLAR PERDIDO DA POMBA
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Segundo filme da trilogia do deserto, apresenta enorme influência das Mil e uma noites. O título se assemelha ao de um manuscrito árabe do século XX. O filme mostra a estória de Hassan, que estuda a arte da caligrafia árabe com um grande mestre. Depois de achar um fragmento de um manuscrito, Hassan sai em busca das peças faltantes, acreditando que, ao encontrá-las, terá revelados os segredos do amor. Com a ajuda de Zin, ele encontra Linda Azizi, princesa de Samarkanda.
Ao se deparar com várias dificuldades, inclusive com a guerra, em seu caminho, ele se dá conta de que mesmo uma vida inteira não será suficiente para desvendar as dimensões reais do amor.
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O filme tem como cenário uma mesquita de Alandalus do século XI, que tem o especial significado de ter acolhido diferentes culturas.
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Gênero: Ficção
País: Tunísia/França Ano: 1991
Título original: Dove's Lost Necklace
Direção: Nacer Khemir
Elenco: Nacer Khemir, Soufiani Makni
Duração: 90 min
Formato: DVDIdioma: ÁrabeLegenda: Português
Festivais:Prêmio do Júri do Festival de Locarno
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 13 às 17h
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
Entrada franca
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BABA AZIZ

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Um poema visual de enorme beleza, uma obra de arte de Nacer Khemir, Baba Aziz encerra a trilogia do deserto. O filme inicia-se com a estória de um dervixe chamado Baba Aziz e sua neta espiritual, Ishtar. Juntos, percorrem o deserto atrás de uma grande reunião de dervixes que ocorre uma vez a cada 30 anos. Tendo a fé como único guia, os dois viajam por vários dias pela imensidão. Para ajudar a suportar a viagem, Baba Aziz passa a contar estórias do príncipe do deserto que contemplava sua alma ao lado de uma pequena piscina. No decorrer da narrativa, os viajantes encontram outros que também contam suas estórias.
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Repleto de imagens maravilhosas e belíssima música, Nacer Khemir criou uma fábula inédita e encantadora filmada nas areias da Tunísia e do Irã. O roteiro desse filme foi escrito pelo próprio Khemir, em parceria com Tonino Guerra, autor de diversos roteiros de grande sucesso (Amarcord, Night of the Shooting Stars, Blowup, entre outros).
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Gênero: Ficção
País: França/Alemanha/Irã/Tunísia/Reino Unido Ano: 2006
Título original: Baba Aziz, the Prince who Contemplated his Soul
Direção: Nacer Khemir
Elenco: Parviz Shahinkhou, Maryam Hamid, Hossein Panahi, Nessim Khaloul, Mohamed Graïaa
Duração: 96 min
Formato: DVD
Idioma: ÁrabeLegenda: Português
Festivais:Festival de Fajr (2005), Festival de Muscat (2006) e Kazan Golden Minbar (2007).
Seleção Oficial dos festivais de Locarno e Vancouver.
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No Esporte Clube Sírio, domingo, dia 6 às 18h30
O evento é aberto ao público em geral, não é necessário ser associado
Avenida indianópolis, 1192 - Boate
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009
4a. Mostra Mundo Árabe de Cinema
Em São Paulo acontecerá uma mostra de cinema que traz um pouco da atualidade e diversidade do mundo árabe.
Cada filme procura mostrar uma faceta desta área imensa, que certamente não é um bloco homogêneo e, principalmente, é muito maior que as barbaridades que a mídia costuma atribuir a ela.
Aqui vai o serviço:
4ª Mostra Mundo Árabe de Cinema - de 1º a 13 de setembro
CineSESC, Galeria Olido, Centro Cultural São Paulo e Esporte Clube Sírio
O ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) realiza a 4ª edição de sua Mostra Mundo Árabe de Cinema, já consolidada dentro do circuito cinematográfico de São Paulo.
Nesta edição, o evento ocorre em parceria com o Intitut du Monde Árabe de Paris, a Casa Árabe de Madri-Espanha, o SESC-SP e a Secretaria Municipal de Cultura.
Dentre os filmes, estão produções de origem libanesa, tunisiana, egípcia e iraquiana.
Veja a programação completa em: http://www.icarabe.org/mundoarabe2009.
Cada filme procura mostrar uma faceta desta área imensa, que certamente não é um bloco homogêneo e, principalmente, é muito maior que as barbaridades que a mídia costuma atribuir a ela.
Aqui vai o serviço:
4ª Mostra Mundo Árabe de Cinema - de 1º a 13 de setembro
CineSESC, Galeria Olido, Centro Cultural São Paulo e Esporte Clube Sírio
O ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) realiza a 4ª edição de sua Mostra Mundo Árabe de Cinema, já consolidada dentro do circuito cinematográfico de São Paulo.
Nesta edição, o evento ocorre em parceria com o Intitut du Monde Árabe de Paris, a Casa Árabe de Madri-Espanha, o SESC-SP e a Secretaria Municipal de Cultura.
Dentre os filmes, estão produções de origem libanesa, tunisiana, egípcia e iraquiana.
Veja a programação completa em: http://www.icarabe.org/mundoarabe2009.
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
workshop de música árabe já é domingo!

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Pessoal, estamos nos últimos preparativos para o workshop, que já é neste domingo, dia 23 de agosto.
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Como várias pessoas falaram que iriam fazer mas não confirmaram, preciso saber direito quantos vão participar para ajeitar o lugar, o material, etc. Estamos com poucas vagas e é importante que todos fiquem bem.
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Para quem está chegando agora, leia a postagem abaixo ou escreva para marciadib@hotmail.com
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É um workshop que falará sobre as características principais da música árabe e como aplicá-las na hora de elaborar as danças. Aberto a homens e mulheres que estudam ou trabalham com as danças árabes; e também àqueles que amam esta arte.
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Aguardo o contato de vocês e até já!
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domingo, 26 de julho de 2009
Música árabe - workshop

WORKSHOP DE MÚSICA ÁRABE
Este é um workshop introdutório à música árabe, específico para quem dança. Serão abordadas as características gerais da música árabe, no que ela se diferencia da música ocidental, quais os aspectos a serem considerados no momento de elaborar uma coreografia ou para fazer improvisos.
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É uma proposta simples, direcionada e prática. Depois de uma aula teórica sobre as características dessa riquíssima música, faremos a análise de uma música específica para dançar. Com a experiência deste workshop, a pessoa (bailarina/o ou coreógrafa/o) poderá pisar com mais segurança neste terreno.
O primeiro passo é aprender a ouvir: a música pode nos dizer muita coisa!
Na minha experiência de 12 anos como professora e coreógrafa, percebi que, comparando duas pessoas que tenham o mesmo nível técnico, a que conhece e estuda música dança melhor!
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Vejam abaixo o programa do workshop e, caso tenham interesse, escrevam para marciadib@hotmail.com
Local: em São Paulo, a 3 quadras do metrô Sumaré
Dia e horário: domingo, dia 23 de agosto, das 9 às 12h e das 14 às 17h
O valor e R$ 180,00, que podem ser pagos em duas parcelas.
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PROGRAMA
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1ª. PARTE - MÚSICA ÁRABE – Teoria básica
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Características Gerais
- a música como identidade cultural
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Características Gerais
- a música como identidade cultural
- porque a música árabe é diferente da música Ocidental?
- valor do som e da palavra
- caráter circular
- importância da palavra
- caráter homofônico
- sistema modal / sistema tonal
- os modos
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Aspectos Melódicos
- Homofônico, linha melódica imita a voz humana, caráter melódico (modal)
- AJNAS
- MAQAMAT: ambiente sonoro, afinação, influências sobre o ser humano
- mudanças com tempo
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Instrumentos Melódicos
- orquestra tradicional árabe (takht)
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Aspectos Rítmicos
- importância do ritmo nos diversos tipos de música
- identificação dos principais ritmos usados na dança
Instrumentos Rítmicos
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2ª. PARTE – APLICAÇÃO NA DANÇA
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- como usar a melodia: o que é mais importante, o que valorizar na dança
- os instrumentos e sua atuação no corpo
- melodia e ritmo: como e quando enfatizar cada um
- música no corpo e no espaço
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3ª. PARTE – EXERCÍCIO
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- trabalhar os aspectos abordados no curso em uma música específica
- chegar a uma linha coreográfica
OBS. Trazer CD player com fone de ouvido. A música para o exercício será fornecida em CD.
- valor do som e da palavra
- caráter circular
- importância da palavra
- caráter homofônico
- sistema modal / sistema tonal
- os modos
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Aspectos Melódicos
- Homofônico, linha melódica imita a voz humana, caráter melódico (modal)
- AJNAS
- MAQAMAT: ambiente sonoro, afinação, influências sobre o ser humano
- mudanças com tempo
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Instrumentos Melódicos
- orquestra tradicional árabe (takht)
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Aspectos Rítmicos
- importância do ritmo nos diversos tipos de música
- identificação dos principais ritmos usados na dança
Instrumentos Rítmicos
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2ª. PARTE – APLICAÇÃO NA DANÇA
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- como usar a melodia: o que é mais importante, o que valorizar na dança
- os instrumentos e sua atuação no corpo
- melodia e ritmo: como e quando enfatizar cada um
- música no corpo e no espaço
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3ª. PARTE – EXERCÍCIO
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- trabalhar os aspectos abordados no curso em uma música específica
- chegar a uma linha coreográfica
OBS. Trazer CD player com fone de ouvido. A música para o exercício será fornecida em CD.
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domingo, 12 de julho de 2009
Rastreadores do deserto

Lendo as areias
Será que o deserto é um mundo de areia sem nenhum ponto de referência?
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Se fôssemos moradores do deserto saberíamos que não. Mas só quem tem a experiência do lugar consegue ver suas nuances. Um exemplo típico é o quanto a areia pode revelar sobre as pessoas e animais que aí vivem.
Se fôssemos moradores do deserto saberíamos que não. Mas só quem tem a experiência do lugar consegue ver suas nuances. Um exemplo típico é o quanto a areia pode revelar sobre as pessoas e animais que aí vivem.
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Os rastreadores são profissionais com habilidade para “ler” marcas deixadas nas areias do deserto. Compõem uma elite que trabalha localizando pessoas ou animais, seja para esclarecer crimes, ajudar na caça ou procurar parentes e amigos. Têm atuação importante também na preservação ambiental e na guerra terrorista e, por isso, muitas vezes trabalham para o Governo. Ainda existem escolas de rastreamento que estão rareando apesar de sua importância estratégica.
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Mas como ver marcas na areia, em locais onde várias pegadas se confundem, o vento sopra, etc.?
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Há muito tempo, ser um rastreador sempre foi uma grande responsabilidade e status para uma tribo ou clã. Estes tomavam a decisão final e frequentemente eram líderes. Existem tribos famosas por seus rastreadores como, por exemplo, os Murrah, na Arábia Saudita. Eles são líderes entre os beduínos e percorrem grandes áreas com suas manadas de camelos por um território de cascalhos e dunas. Usando a acurada técnica de observação e memória impecável, deslocam em segurança suas famílias por terrenos sem traços característicos para um forasteiro.
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Um rastreador pode ler a areia sem dificuldades maiores das que um morador da cidade moderna tem para ler um livro..
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Um rastreador pode ler a areia sem dificuldades maiores das que um morador da cidade moderna tem para ler um livro..
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O aprendizado começa cedo; os garotos têm que reconhecer seus camelos pelo nome e pelo rastro, e eles sempre tinham que saber qual rastro foi feito pelos animais e pessoas de seu próprio grupo. São treinados e testados de várias formas e, conforme crescem, vão ouvindo e aprendendo com os mais velhos essa arte.
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Com o treinamento constante acabam por ver, através dos rastros, se o dono daquela pegada está com fome ou cansado, ou há quanto tempo passou. Observam o ambiente ao redor, se existe um galho quebrado; o rastro de outros animais; se as pressões feitas ao caminhar estão mais voltadas para um lado do que para outro; qual foi o caminho percorrido, etc.
O que uma pegada tem de diferente não é sua forma, mas a maneira como a impressão foi feita. Todo mundo tem uma maneira única de andar.
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Com o treinamento constante acabam por ver, através dos rastros, se o dono daquela pegada está com fome ou cansado, ou há quanto tempo passou. Observam o ambiente ao redor, se existe um galho quebrado; o rastro de outros animais; se as pressões feitas ao caminhar estão mais voltadas para um lado do que para outro; qual foi o caminho percorrido, etc.
O que uma pegada tem de diferente não é sua forma, mas a maneira como a impressão foi feita. Todo mundo tem uma maneira única de andar.
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Os rastros são, na verdade, tão distintos quanto a impressão digital.
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Um rastreador caminha pelas pegadas e, uma vez que as vê, não olha para trás: as impressões vão sendo mandadas para sua memória. Faz assim um mapa mental, seja de uma pegada, seja de um lugar inteiro. Cada rastro tem em si um pequeno mapa topográfico, que revela seus sinais secretos. É um jogo intenso entre hipóteses e conseqüências lógicas. Na verdade, o que se lê são as pressões:
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Os rastros são, na verdade, tão distintos quanto a impressão digital.
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Um rastreador caminha pelas pegadas e, uma vez que as vê, não olha para trás: as impressões vão sendo mandadas para sua memória. Faz assim um mapa mental, seja de uma pegada, seja de um lugar inteiro. Cada rastro tem em si um pequeno mapa topográfico, que revela seus sinais secretos. É um jogo intenso entre hipóteses e conseqüências lógicas. Na verdade, o que se lê são as pressões:
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Quando um rastreador vê pegadas, é como se visse um rosto olhando para ele.
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Hoje em dia, esta atividade está perdendo seu lugar para exames de DNA e outras tecnologias. Apesar disso, eles ainda ajudam no confisco de armamaento e explosivos, nas interdições de contrabando e mesmo nas construções modernas encontram pistas e marcas.
Quando um rastreador vê pegadas, é como se visse um rosto olhando para ele.
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Hoje em dia, esta atividade está perdendo seu lugar para exames de DNA e outras tecnologias. Apesar disso, eles ainda ajudam no confisco de armamaento e explosivos, nas interdições de contrabando e mesmo nas construções modernas encontram pistas e marcas.
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Pois é, naquela areia toda há mais sinais do que poderíamos supor...
domingo, 21 de junho de 2009
Tradição oral - Amadou Hampâté Bá

“Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”
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Com esta frase, Amadou Hampâté Bá dá a dimensão da importância da transmissão oral. Ele foi um dos maiores pensadores da África do século XX, tendo recolhido inúmeras histórias e procurado incentivar e divulgar este conhecimento.
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Amadou (1900-1991) nasceu no atual Mali em uma família aristocrática do povo fula. Escritor, etnólogo, filósofo, historiador, poeta e contador, foi da primeira geração local que recebeu educação ocidental francesa. Procurou o reconhecimento da oralidade como fonte legítima de conhecimento histórico. Para isso, recolheu, transcreveu e explicou os tesouros da literatura oral do Oeste da África para o restante do mundo.
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Participando do Conselho Executivo da UNESCO desde 1962, chamou a atenção para a fragilidade desta cultura, proferindo então a famosa frase: “Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”, considerando ancião como "aquele que conhece".
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Em seu livro de memórias Amkoullel, o menino fula, descreve seu cotidiano repleto de aprendizado através das histórias contadas e vividas, além de imerso nas crenças e tradições ancestrais que se misturaram aos preceitos islâmicos.
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Sobre o livro Amkoullel, o menino fula:
http://afrobrasileira.multiply.com/reviews/item/2
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Sobre o livro Amkoullel, o menino fula:
http://afrobrasileira.multiply.com/reviews/item/2
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Falar sobre Amadou e sua obra é falar novamente sobre tradição oral, sobre a importância da transmissão direta dos ensinamentos, sobre o aprendizado através da experiência. Estes fatores aparecem fortemente também na cultura árabe em geral.
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FORMA DE APRENDIZADO
FORMA DE APRENDIZADO
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A importância da transmissão oral e do conhecimento pela experiência aparecem em diversas passagens do livro:
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- “A memória das pessoas da minha geração, sobretudo a dos povos de tradição oral, que não podiam apoiar-se na escrita é de uma fidelidade e de uma precisão prodigiosas. Desde a infância éramos treinados a observar, olhar e escutar com tanta atenção, que todo acontecimento se inscrevia em nossa memória como em cera virgem. Tudo lá estava nos menores detalhes: o cenário, as palavras, os personagens e até as roupas. (...) Para descrever uma cena, só preciso revivê-la. E se uma história me foi contada por alguém, minha memória não registrou somente
seu conteúdo, mas toda a cena – a atitude do narrador, sua roupa, seus gestos, sua mímica e os ruídos do ambiente.” (p. 13)
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- “Nós as aprendíamos de cor e, se fossem belas, já no dia seguinte espalhavam-se por toda a cidade. Este era um aspecto desta grande escola oral tradicional em que a educação popular era ministrada no dia-a-dia. (...) Para as crianças, estes serões eram verdadeiras escolas vivas, porque um mestre contador de histórias africano não se limitava a narrá-las, mas podia também ensinar sobre numerosos outros assuntos, em especial quando se tratava de tradicionalistas consagrados. (...) Tais homens eram capazes de abordar quase todos os campos do conhecimento da época, porque um ‘conhecedor’ nunca era um especialista no sentido moderno da palavra mas, precisamente, uma espécie de generalista. O conhecimento não era compartimentado. O mesmo ancião (no sentido africano da palavra, isto é, aquele que conhece, mesmo se nem todos os seus cabelos são brancos) podia ter conhecimentos profundos sobre religião ou história, como também ciências naturais ou humanas de todo tipo. (p. 174)
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Veja mais idéia deste pensador em uma entrevista no site Casa das Áfricas :
http://www.casadasafricas.org.br/site/index.php?id=banco_de_textos&sub=01&id_texto=22
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TRADIÇÃO ORAL
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Na nossa cultura entendemos que um povo sem escrita é um povo sem passado, sem uma história e uma cultura. Este pensamento é limitado e com ele arrisca-se a tomar como parte de uma cultura apenas aquilo do que encontramos “evidências”. Sendo que toma-se por “evidência” geralmente algo escrito, documentado. Logo, as culturas mais ligadas à escrita recebem os méritos de objetos e conhecimentos que nem sempre foram originários dela, ou exclusivos dela.
A este respeito o autor deixa clara sua opinião:
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“A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si.” (p. 175)
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A respeito da forma de memorização, o autor fala da importância de uma atenção total ao momento presente, para que se absorva tudo o que está sendo ensinado através das histórias:
A importância da transmissão oral e do conhecimento pela experiência aparecem em diversas passagens do livro:
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- “A memória das pessoas da minha geração, sobretudo a dos povos de tradição oral, que não podiam apoiar-se na escrita é de uma fidelidade e de uma precisão prodigiosas. Desde a infância éramos treinados a observar, olhar e escutar com tanta atenção, que todo acontecimento se inscrevia em nossa memória como em cera virgem. Tudo lá estava nos menores detalhes: o cenário, as palavras, os personagens e até as roupas. (...) Para descrever uma cena, só preciso revivê-la. E se uma história me foi contada por alguém, minha memória não registrou somente
seu conteúdo, mas toda a cena – a atitude do narrador, sua roupa, seus gestos, sua mímica e os ruídos do ambiente.” (p. 13)
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- “Nós as aprendíamos de cor e, se fossem belas, já no dia seguinte espalhavam-se por toda a cidade. Este era um aspecto desta grande escola oral tradicional em que a educação popular era ministrada no dia-a-dia. (...) Para as crianças, estes serões eram verdadeiras escolas vivas, porque um mestre contador de histórias africano não se limitava a narrá-las, mas podia também ensinar sobre numerosos outros assuntos, em especial quando se tratava de tradicionalistas consagrados. (...) Tais homens eram capazes de abordar quase todos os campos do conhecimento da época, porque um ‘conhecedor’ nunca era um especialista no sentido moderno da palavra mas, precisamente, uma espécie de generalista. O conhecimento não era compartimentado. O mesmo ancião (no sentido africano da palavra, isto é, aquele que conhece, mesmo se nem todos os seus cabelos são brancos) podia ter conhecimentos profundos sobre religião ou história, como também ciências naturais ou humanas de todo tipo. (p. 174)
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Veja mais idéia deste pensador em uma entrevista no site Casa das Áfricas :
http://www.casadasafricas.org.br/site/index.php?id=banco_de_textos&sub=01&id_texto=22
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TRADIÇÃO ORAL
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Na nossa cultura entendemos que um povo sem escrita é um povo sem passado, sem uma história e uma cultura. Este pensamento é limitado e com ele arrisca-se a tomar como parte de uma cultura apenas aquilo do que encontramos “evidências”. Sendo que toma-se por “evidência” geralmente algo escrito, documentado. Logo, as culturas mais ligadas à escrita recebem os méritos de objetos e conhecimentos que nem sempre foram originários dela, ou exclusivos dela.
A este respeito o autor deixa clara sua opinião:
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“A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si.” (p. 175)
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A respeito da forma de memorização, o autor fala da importância de uma atenção total ao momento presente, para que se absorva tudo o que está sendo ensinado através das histórias:
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“Silencioso como cabia a toda criança no meio de adultos, eu não perdia uma migalha do que ouvia. Foi lá que, mesmo antes de saber escrever, aprendi a tudo armazenar na minha mente, já bastante exercitada pela técnica de memorização auditiva da escola corânica. Fosse qual fosse a extensão de um conto ou de um relato, eu o gravava em sua totalidade e no dia seguinte ou alguns dias depois, o repetia tal e qual a meus companheiros.” (p. 175)
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A importância da memória e da história oral aparece em diversos lugares do mundo. Em São Paulo, temos uma iniciativa que pode ser considerada um importante passo neste sentido: cursos sobre história oral que contam com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Mais informações podem ser obtidas através do Blog Contos Africanos e Árabes:
http://contosafricanosearabes.blogspot.com/2009/02/historia-oral-e-transformacao-social-os.html
“Silencioso como cabia a toda criança no meio de adultos, eu não perdia uma migalha do que ouvia. Foi lá que, mesmo antes de saber escrever, aprendi a tudo armazenar na minha mente, já bastante exercitada pela técnica de memorização auditiva da escola corânica. Fosse qual fosse a extensão de um conto ou de um relato, eu o gravava em sua totalidade e no dia seguinte ou alguns dias depois, o repetia tal e qual a meus companheiros.” (p. 175)
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A importância da memória e da história oral aparece em diversos lugares do mundo. Em São Paulo, temos uma iniciativa que pode ser considerada um importante passo neste sentido: cursos sobre história oral que contam com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Mais informações podem ser obtidas através do Blog Contos Africanos e Árabes:
http://contosafricanosearabes.blogspot.com/2009/02/historia-oral-e-transformacao-social-os.html
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