domingo, 18 de outubro de 2009

Show do Mabruk!

Venha neste sábado ao Café Aman para conhecer ou reencontrar o

Mabruk!
Companhia de danças folclóricas árabes


O Mabruk! pesquisa e apresenta danças do Oriente Médio em geral, procurando extrair de cada região sua expressividade e beleza.

Neste espetáculo, o grupo apresentará danças femininas de diversos lugares do que conhecemos por Síria e Líbano. Uma pequena mostra da grande diversidade e riqueza da região.

As fronteiras da arte são diferentes das fronteiras políticas. A expressão artística é muito mais influenciada pelo modo de vida e pelo ambiente; e a cada mudança destes elementos encontramos sons, gestos e danças diferentes.


Sábado, Dia 24/10, as 21h
Entrada R$15,00

Av. Miruna, 396 Moema
Reservas: 5041-9428/ 7274-9040

Produção e Realização – Cristina Antoniadis

sábado, 3 de outubro de 2009

O ritual do café para os beduínos

Mesmo que os beduínos bebam chá, leite ou água após as refeições, o café é claramente a sua bebida favorita; e a forma como é preparado e servido mostra sua importância simbólica.
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É a primeira coisa a ser servida quando alguém chega, não importa se é um vizinho do mesmo acampamento ou um estranho. A preparação e oferenda do café são fundamentais para a hospitalidade beduína.
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Quando o café será oferecido, forma-se um círculo de pessoas, e nele vários assuntos são discutidos, seja com membros da tribo ou com pessoas vindas de fora. É neste local também que os estrangeiros, homens ou mulheres, são recebidos.
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Esta é a parte masculina da tenda, que funciona como sala de recepção, onde os convidados são recebidos em tapetes e almofadas. Os selins dos camelos são colocados no chão e usados para o apoio dos braços. A quantidade e a qualidade do artesanato dos utensílios usados mostram a prosperidade do dono.


























No centro dela fica um braseiro portátil e um jogo de café. No teto, também no centro, fica pendurada uma sacola de couro, geralmente enfeitada com vidrilhos ou conchas, guardando os grãos crus do café; e uma sacola menor, com os grãos de cardamomo, usados para temperar o café.
Na frente do lugar onde apenas o chefe da casa pode sentar, há um pesado pilão de madeira entalhada, onde colheres para pegar o pó de café são presas por correntes. Elas são feitas em metal com decoração em relevo ou gravação.
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Próxima ao braseiro há uma panela de ferro fundido para torrar o café. O equipamento para o preparo do café tem ainda potes de madeira para se colocar o café torrado e deixar esfriar, e para o café moído tirado do pilão que é transferido para o pote de café.
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Como regra o café é preparado pelo próprio chefe da tenda. A batida rítmica do pilão de café - similar às batidas solo de uma bateria - podem ser ouvidas por todo acampamento. Também serve como um convite para vir e tomar um café. Vários ritmos das músicas beduínas são baseados neste movimento do cotidiano.
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A água é colocada para ferver em uma grande panela. Algumas colheres de pó de café são adicionadas à água fervente. Então o café é fervido várias vezes.
Num segundo recipiente é colocado o cardamomo. Quando o pó de café assentou, o café pronto é colocado no segundo recipiente com o carda momo, fervido novamente e colocado finalmente em um terceiro jarro.
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Por ter sido fervido várias vezes, o café fica forte e amargo. Sua aparência é meio marrom esverdeado e transparente. Uma pequena quantidade do café é colocada em pequenas xícaras, importadas da China. Normalmente o café é servido três vezes seguidas. Se alguém não quer mais café, ele devolve a xícara, fazendo um pequeno movimento com o punho
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Este método de preparo de café só é costume entre os beduínos. Os camponeses ou negociantes da cidade bebem café preparado de outras formas, mas o significado de servir o café – dar as boas vindas – é o mesmo.