sábado, 4 de dezembro de 2010

Imigração árabe no Rio de Janeiro: lançamento de livro

O livro Árabes no Rio de Janeiro - uma identidade plural, do antropólogo Paulo Hilu, será lançado dia 15 de dezembro no Rio de Janeiro:




Histórias surpreendentes sobre a chegada dos árabes no Brasil, o contexto de origem desses imigrantes, a ocupação espacial no Rio de Janeiro, bem como as atividades econômicas por eles exercidas na cidade serão contadas pela primeira vez em livro. Árabes no Rio de Janeiro – uma identidade plural, terceiro título da série Imigrantes no Rio de Janeiro, será lançado dia 15 de dezembro, no Palácio da Cidade, no Rio. Escrito pelo antropólogo Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto, o livro é uma publicação da Editora Cidade Viva, e conta com patrocínio da Light e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.
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Dividido em cinco capítulos, Árabes no Rio de Janeiro – uma identidade plural, traça ainda um panorama do Império Otomano no século XIX, aponta os principais fatores de imigração, a situação da Síria, Líbano e Palestina na primeira metade do século XX, fala sobre a construção das identidades otomana e árabe no Brasil, dedica um capítulo às instituições e a imprensa árabe no Rio de Janeiro e retrata a vida cultural da comunidade árabe na cidade.
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“É um livro emocionante, feito de memórias e histórias pessoais. As imagens não são apenas arquivos, são fotos pessoais guardadas nos baús das famílias com as quais conversei”, disse o autor, que coordena o Núcleo de Estudos sobre o Oriente Médio na Universidade Federal Fluminense.
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O autor entrevistou também 30 representantes de diferentes gerações e diversas origens e grupos religiosos. Entre os entrevistados, estão Demétrio Habib, criador do Saara, o maior centro de comércio de rua do Rio de Janeiro, o ator de origem síria Mouhamed Harfouch, que usa a identidade árabe no processo criativo de seu trabalho, o criador do curso de letras árabes da UFRJ, monsenhor Alphonse Sabbagh, os deputados federais Jorge Bittar e Jandira Feghali, o escritor Alberto Mussa, entre outras personalidades, além de engenheiros, historiadores, corretores de imóveis, padres e outros cidadãos anônimos.
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Imigrantes no Rio de Janeiro - a série descreve com riqueza de detalhes a importante contribuição dos imigrantes das mais diversas nacionalidades para a formação cultural e econômica da cidade. O primeiro volume abordou a imigração portuguesa, seguido por um livro sobre a imigração judaica. Árabes no Rio de Janeiro – uma identidade plural compõe o terceiro título da série.
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“Os três ensaios indicam que as trajetórias cariocas dos imigrantes portugueses, árabes e judeus têm mais em comum do que se poderia crer”, observa o idealizador da série, Mozart Vitor Serra. “Ao chegar ao Rio, eles adotaram estratégias semelhantes de inserção na economia e na sociedade, estabelecendo-se em setores da economia cujos requerimentos de investimento eram pequenos ou cujas barreiras à entrada eram limitadas. Os imigrantes se localizam em bairros de aluguéis baratos, conjugando moradia e comércio em uma solução única e conveniente. A similaridade dos relatos pessoais é, nesse sentido, impressionante”.
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Para o diretor-presidente da Light, Jerson Kelman, a história da empresa se entrelaça com a história dessas comunidades que encontraram no Rio de Janeiro um bom local para viver. “Ao incentivar esta Série, a Light se mantém alinhada à sua própria trajetória, como empresa que, há mais de 100 anos, vem participando ativamente do desenvolvimento econômico e social desta cidade”, diz Kelman.
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O livro também estará à venda em diversas livrarias em São Paulo.
Quem estiver interessado, pode entrar em contato com a distribuidora Catavento pelo telefone (11) 3289-0811 ou comprar através do site http://cataventobr.com.br/lista.asp?editora=EDITORA
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Serviço:
Data: 15/11 - quarta-feira
Horário: 18h30
Local: Palácio da Cidade – Rua São Clemente, 360 – Botafogo – Rio de Janeiro – RJ
RSVP: 21 2233 3690 (Falar com Adriana ou Michelle) – confirmar até o dia 10/12

domingo, 19 de setembro de 2010

Curso de Lingua Árabe Gratuito


Será oferecido um curso gratuito de Lingua e Cultura Árabe na BibliASPA para jovens de 13 a 19 anos, matriculados no ensino fundamental ou ensino médio.
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São 3 turmas:
-sábados, das 11 às 14h
- segundas e quartas, das 15 às 16h30
- segundas e quartas, das 17 às 18h30
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No final do curso, ao menos 15 alunos serão levados a um país árabe.
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As inscrições foram prorrogadas até 30 de setembro, aproveitem!
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Inscrições:
BibliASPA - Centro de Cultura e Pesquisa Árabe -Sul-Americano
Rua Baronesa de itú, 639 - Santa Cecília (próximo à estação Marechal Deodoro do Metrô)
Telefone: 3661 0904

domingo, 12 de setembro de 2010

Acontece em Setembro


5ª Mostra Mundo Árabe de Cinema exibirá 14 filmes em São Paulo

O ICArabe (Instituto da Cultura Árabe), em parceria com o Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Prefeitura Municipal de São Paulo e Casa Árabe de Espanha, realiza na Capital paulista, entre 3 e 29 de setembro, a 5ª Mostra Mundo Árabe de Cinema (MOMA).
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Nesta edição, serão apresentados 14 filmes, sendo cinco documentários, sobre assuntos relacionados ao mundo árabe em geral, a maioria inédita no Brasil. Entretanto haverá temas centrais como a imigração e o exílio forçado, questões de gênero, conflitos entre tradição e modernidade, além de crônicas sociais.
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As exibições ocorrerão em algumas das principais salas da cidade: CineSesc (2 a 12/9), Centro Cultural São Paulo (14 a 19/9), Galeria Olido (14 a 23/9), Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (15 a 29/9), Cinemulher (10 e 11/9), Esporte Clube Sírio (18 e 26/9) e Clube Atlético Monte Líbano (3 a 7/9).
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A iniciativa, que conta com o apoio cultural de diversas instituições, inclui produções premiadas de diretores renomados, como o argelino Merzak Allouache, uma das principais vozes do cinema magrebino contemporâneo, e o egípcio Yousri Nasrallah, herdeiro de Youssef Chahine – um dos grandes nomes da filmografia árabe. Há ainda trabalhos reconhecidos mundialmente e premiados feitos por mulheres. Vale destacar os documentários “Ponto de encontro”, da brasileira Júlia Bacha em parceria com a estadunidense Roni Avni, e “Câmeras abertas”, da norte-americana filha de pais iraquianos Maysoon Pachachi, além o filme “Dunia (beije-me, mas não nos olhos)”, da franco-libanesa Jocelyn Saab.
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Além dos realizadores já citados, a 5ª Mostra Mundo Árabe de Cinema conta com o apoio do Consulado Geral da França em São Paulo, Embaixada da Espanha no Brasil, Centro Cultural da Espanha – SP, Cinemateca da Embaixada da França, Centro Cultural São Paulo, Galeria Olido, Centro Cultural da Juventude, Cinemulher, Esporte Clube Sírio e Clube Atlético Monte Líbano.
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Ver maiores informações no site do ICArabe: http://www.icarabe.org

domingo, 29 de agosto de 2010

Mulheres orientais e ocidentais 1

Amigos, muitas pessoas pediram um resumo da palestra sobre a imagem da mulher árabe, então aqui vai. Vou fazer algumas postagens a respeito deste assunto, ainda muito atual.
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A IMAGEM DAS MULHERES ORIENTAIS NA PINTURA DO SÉCULO XIX
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Considerados à margem da civilização, os povos orientais foram procurados como alívio para as angústias e pressões do desenvolvimento acelerado das cidades no século XIX.
Eles foram considerados o “outro”, o “selvagem”, por ter características diferentes das ocidentais. O diferente foi julgado inferior, atrasado.
Desconsiderados no que tinham de real, foram analisados e descritos seguindo a visão ocidental que se teve deles, muitas vezes a partir do que já se havia escrito sobre estes lugares e pessoas, criando uma espiral de escritos enganosos ou limitados.
Sua realidade não foi vista nem ouvida, mas representada. O observador sempre interfere em seu objeto de pesquisa, mas os limites para isso foram ultrapassados, criando uma cultura, uma disciplina que analisava e regulamentava o estudo destes povos, chamada “orientalista”.
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Falou-se pelos orientais, construiu-se uma imagem.
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A palestra abordou qual imagem foi construída a respeito da mulher árabe, frequentemente representada por uma “odalisca” que, por sua vez, está presente nas pinturas como uma pessoa nua e disponível, passiva, em silêncio.
O silêncio imposto a estes povos abre a possibilidade de se falar por eles, de retratá-los conforme as necessidades e fantasias do momento.
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Mulheres ocidentais (esq.) e orientais (dir.)
retratadas pelo mesmo artista (Ingres, 1780 - 1867)

Por um lado, as mulheres árabes são representadas em haréns orientais, reclinadas, ociosas, com o corpo exposto e aberto, seminu, à espera de algo. Já as ocidentais são representadas totalmente vestidas, eretas: estão ativas, tranqüilas, parecem seguras de seu valor, de seu olhar.
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Esta era a forma de representar, através da pintura o discurso proferido na época em relação ao Oriente. Existiu neste período uma atração pelo Oriente, com viagens, literatura e pintura “descrevendo” a região e seus costumes.
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Certamente os costumes eram diferentes na Europa e países do Oriente, como retratado nas telas abaixo. A arquitetura, o corte das roupas, os tecidos, a postura, os gestos, a estrutura social, a forma de comunicação. Mas os diferentes costumes não incluem a mulher estar sempre à disposição, desnuda.
É importante notar a linha divisória entre retratar costumes diferentes e fantasiar diferenças, ou pior, inventar costumes e atitudes que fazem com que a imagem fique profundamente distorcida.
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Esquecemos que a pintura também é um discurso.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Palestra sobre a mulher árabe


"Odaliscas: vistas ou imaginadas?"

Com Marcia Dib


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O Oriente tem sido abordado de maneira simplista e, muitas vezes, excessivamente fantasiosa.
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Um exemplo é a forma como as mulheres árabes foram retratadas pelos pintores orientalistas que, mesmo sem nunca ter entrado em um harém, faziam retratos "realistas" sobre este ambiente.
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A palestra mostra como eram os haréns, quais as funções das mulheres dentro de sua hierarquia e, afinal de contas, quem eram as odaliscas dentro desta.


Local: BibliASPA
Rua Baronesa de Itú, 639 - Higienópolis
Dia 21 de agosto, sábado, às 15h30
Entrada franca

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Acontece em agosto

Vale a pena conferir algumas atividades culturais que acontecerão em São Paulo no mês de agosto:

SHOW

"Mutrib"
Dentro do Projeto Músicas do Mundo, o grupo Mutrib faz uma viagem musical que vai do Magreb (região arabizada ao norte da África: Egito, Tunísia, Marrocos) atravessando Turquia, Palestina, Síria, Israel, e chegando ao leste europeu, Albânia, Grécia, Macedônia, Romênia e Bulgária. O show é um grande mosaico dessas culturas.
A maior parte dessas regiões foram frequentadas pessoalmente pelos músicos do MUTRIB em intercâmbios musicais. Com Gabriel Levy (acordeom), Beto Angerosa (derbak), Deivão Tubista (tuba), Eder Rocha (davul e percussão), Mario Aphonso (flauta e sax) e Valéria Zeidan (pandeiros). Praça de Eventos.

Local: SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
Sábados, dia 7 e dia 21 de agosto, às 13h30
Entrada franca


PALESTRA

"Odaliscas: vistas ou imaginadas?"
Com Marcia Dib
O Oriente tem sido abordado de maneira simplista e, muitas vezes, excessivamente fantasiosa. Um exemplo é a forma como as mulheres árabes foram retratadas pelos pintores orientalistas que, mesmo sem nunca ter entrado em um harém, faziam retratos "realistas" sobre este ambiente. A palestra mostra como eram os haréns, quais as funções das mulheres dentro de sua hierarquia e, afinal de contas, quem eram as odaliscas dentro desta.

Local: BibliASPA
Rua Baronesa de Itú, 639 - Higienópolis
Dia 21 de agosto, sábado, às 15h30
Entrada franca


TEATRO

"As folhas do cedro"
Com texto e direção assinados por Samir Yazbek, a peça conta a história de uma mulher de meia idade que, por meio de sua memória e imaginação, revisita suas origens, procurando sua identidade.
Para esta obra, Yazbek, filho de imigrantes libaneses, buscou inspiração em sua ascendência, bem como na história de várias famílias de imigrantes libaneses e de outras nacionalidades.
http://asfolhasdocedro.arnesto.art.br/pages/sobre-o-espeticulo

Local: SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
6as. e sábados, às 21h, domingos às 18h (até 22 de agosto)
Entrada: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)


CINEMA

"Esperança em um tiro de estilingue"
Direção: Inka Stafrace Palestina, Israel e Austrália, 2008. 61 min.
Instigada pelas crescentes ondas de racismo contra árabes e muçulmanos no seu país de adoção, a Austrália, a cineasta Hinka viaja à Cisjordânia para tentar descobrir as razões do conflito permanente naquela região. Aos poucos, ela vai enxergando as raízes da luta desigual, a violência do plantio de árvores por colonos judeus, a humilhação nos check points e principalmente, a decisão de resistir mesmo diante de todas as injustiças.
Didático e corajoso, o filme mostra como o agricultor palestino vê sua terra roubada sob o governo militar israelense, que também retira dele os direitos básicos de sobrevivência.
Este é apenas um dos inúmeros procedimentos que “Esperança em um tiro de estilingue” desconstrói para arrancar o véu com que a mídia internacional oculta a brutalidade da ocupação israelense nos territórios palestinos.

Local: Clube Sírio - auditório
Avenida Indianópolis, 1192
Sábado, dia 21 de agosto, às 16h
Entrada Franca

terça-feira, 8 de junho de 2010

Música árabe: novo lançamento do livro

Vou fazer um novo lançamento do meu livro Música Árabe: expressividade e sutileza, junto com uma palestra sobre o tema. É uma oportunidade para ouvir um pouco a respeito das principais características da música árabe e também de adquirir o livro, às vezes difícil de encontrar (como algumas pessoas já relataram).

É um evento gratuito, aberto ao público em geral. As informações sobre o evento e algumas características da música árabe estão abaixo.

Caso tenham alguma dúvida ou sugestão, escrevam para marciadib@hotmail.com

Espero vocês la!


O Núcleo de Cultura Árabe do Esporte Clube Sírio e as Edições BibliASPA convidam para a


PALESTRA E LANÇAMENTO DO LIVRO

MÚSICA ÁRABE: EXPRESSIVIDADE E SUTILEZA




Dia 12 de junho, às 16h (palestra) e 17h (sessão de autógrafos)

Auditório do Esporte Clube Sírio
Avenida Indianópolis, 1192

Aberto ao público em geral









"Sendo a música árabe uma arte integrada com outras áreas do conhecimento e da existência, ela tem o poder de tocar profundamente os sentimentos, e as pessoas respondem a ela com seu corpo e sua mente.
Neste livro, a autora explora as concepções de mundo que levaram a música árabe a ser tão admirada, envolvente e complexa.
O tempo concebido como circular, manifestando-se em torno de um eixo; o aprendizado baseado na oralidade; a importância da memória e da palavra; a atuação dos sons sobre o corpo e a mente; são alguns dos assuntos abordados, e estes influenciam a composição, a execução e o aprendizado musical.
Além disso, são expostas as principais características melódicas e rítmicas da música árabe, como o sistema modal, a formação das escalas, a afinação, as relações entre som e silêncio.
Dentro de um mercado escasso em publicações sobre a cultura árabe, essa iniciativa editorial é importante e benvinda."

domingo, 4 de abril de 2010

Tempo circular e imersão


Na cultura árabe, de um modo geral, o tempo é pensado como círculo, símbolo da perfeição. O cosmo “é concebido como algo que se expande e contrai ciclicamente” (Marsicano, p. 59)1, em uma visão de grande ciclo de existência do universo. Existem também os pequenos ciclos, como os movimentos planetários, as estações do ano, o dia e a noite; acontecimentos que se repetem, mas sempre de forma renovada, como uma espiral, já que não existe repetição absoluta no universo.

As pessoas buscam estar afinadas com os ciclos do universo. “A sensação de tempo é dada pela afinação corporal e espiritual com uma série de ciclos micro e macrocósmicos integrados, codificados em cadeias analógicas” (Wisnik, p. 83). Aqui o tempo não é medido pelo relógio ou metrônomo, mas de forma a acompanhar os ciclos naturais, que não são lineares nem idênticos.

“Mais do que qualquer outra forma, o círculo implica um centro” (Tuan, Topofilia, p. 43). Tanto no Ocidente como no Oriente, a ideia do tempo circular era acoplada à ideia de centro. Isso se refletiu nas artes, na filosofia, na cosmologia, na geografia. Era comum a ideia de etnocentrismo entre os povos, como forma de autorreconhecimento e defesa. Uma nota musical era o centro na música, dançava-se em círculo, Deus era o centro na cosmologia e o próprio povoado era o centro geográfico.

Quando o tempo é concebido como circular, o que tem mais valor é a experiência, a imersão naquele momento. Assim, é possível estar vivenciando uma situação semelhante, mas a experiência é nova, pois a característica temporal dominante é o instante, a duração, o tempo presente. E a percepção do tempo vincula-se a percepções corporais como, por exemplo, a respiração ou o tempo de audição. “Os indianos usam o batimento do coração ou o piscar do olho como referência” (Wisnik, p. 17).

No caso da poesia e das canções, por exemplo, os temas se repetem, mas “tratam de coisas que, mesmo reiteradas, nunca ficam velhas” (Soler, p. 20). Tratam das dificuldades humanas, amores, natureza, “e essas coisas elementares são eternas” (Soler, p. 21). Essa repetição permanente do diferente acontece também na estrutura da música.
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A música modal, à qual essa concepção de tempo é relacionada, existiu no mundo europeu até o Renascimento, e ainda hoje é utilizada pelos árabes, indianos e alguns outros povos. Com frases melódicas girando em torno de uma tônica (nota de base), cria um efeito hipnótico, uma espécie de suspensão do tempo, possibilitando uma experiência de imersão. É novamente a ideia de círculo: notas que circulam ao redor de um centro, no caso a nota tônica da escala.

Assim, a experiência da circularidade aparece na cultura árabe em suas várias manifestações.


Nota 1. Os astrônomos contemporâneos vieram a comprovar que as galáxias estão se afastando umas das outras e que o universo expande-se a partir de uma explosão inicial


*Este texto foi ibaseado no livro Música árabe: expressividade e sutileza, de Marcia Dib, Edições BibliASPA, 2010

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIB, Marcia. Música árabe: expressividade e sutileza. São Paulo: Edições BibliASPA, 2010
MARSICANO, Alberto. A música clássica da Índia. São Paulo: Perspectiva, 2006.
SOLER, Luis. Origens árabes no folclore do sertão nordestino. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1995.
TUAN, Yi-Fu.
Topofilia - um estudo da percepção, atitudes e valores do
meio ambiente
. São Paulo: Difel, 1980.
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido - uma outra história das músicas.
São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1989.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Espetáculo de danças folclóricas árabes


Show do Mabruk!


Dentro do Festival Sul-Americano de Cultura Árabe, o Mabruk! Companhia de danças folclóricas árabes apresentará um painel da diversidade artística existente no mundo árabe.


São danças da cidade, das áreas rurais, do deserto e junto ao Eufrates, a partir de pesquisas feitas em Damasco, por sua diretora.


Será uma oportunidade de conhecer outras danças além da conhecida Dança do Ventre e se deleitar com a riqueza dessa arte.


Local: Livraria Cultura (auditório) - Shopping Market Place

Data e horário: Dia 28 de março, domingo, às 17h

Entrada Franca


Apareçam e tragam os amigos!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lançamento de livro sobre música árabe

É com enorme prazer que convido a todos para o lançamento de meu livro

Música Árabe: expressividade e sutileza


Local: Livraria Cultura do Shopping Market Place (em frente ao Shopping Morumbi)

Dia 24 de março, às 19h30 (palestra) e 20h30 (sessão de autógrafos)


Este livro é fruto de parte de meu mestrado e seu lançamento faz parte da série de eventos do Festival Sul-Americano de Cultura Árabe (http://www.festivaldaculturaarabe.org/), e é uma iniciativa da Bibliaspa (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes)

Obrigada a todos que colaboraram para que este projeto se desenvolvesse!
Espero vocês lá!

* "O sol não se importa de passar por pequenas janelas" (Frederik Van Eeden), caligrafia de Hassan Masoudy

sábado, 20 de março de 2010

Festival Sul-Americano de Cultura Árabe

Este festival foi gerado com muita seriedade, cuidado e carinho, vale a pena conferir!

É uma realização da Bibliaspa (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul- Países Árabes, que inicia formalmente suas atividades no Brasil, com inauguração de sua sede, que abrigará uma série de atividades.

São muitos os eventos programados: espetáculos, palestras e oficinas, nas áreas de música, dança, artes plásticas, caligrafia, culinária, literatura...

Para conferir a programação, é só acessar o site do festival:
http://www.festivaldaculturaarabe.org/

No menu, é possível ver a programação por dia ou por tipo de atividade. Nos vemos por lá!


Nada mais elevado do que o saber (Caligrafia de Hassan Masoudy)